A oração – R. C. Sproul




Salmo 5.1-3; João 14.13,14; Romanos 8.26,27; Filipenses 4.6,7; 1 João 5.14,15

Podemos falar com Deus. Ele fala verbalmente conosco em sua Palavra e não verbalmente por meio da sua clara providência. Nós temos comunhão com Deus através da oração. Charles Hodge declarou que "oração é a conversa da alma com Deus". Na oração e através dela expressamos nossa reverência e adoração a Deus; desnudamos nossa alma em confissão contrita diante dele; expressamos-lhe as ações de graças de um coração grato e apresentamos-lhe nossos pedidos e súplicas.

Na oração temos experiência com um Deus pessoal e poderoso. Ele pode nos ouvir e responder. A Bíblia ensina a preordenação soberana de Deus e a eficácia da oração. As duas não são incompatíveis entre si, pois Deus ordena os meios bem como os fins para seus propósitos divinos. A oração é um meio usado por Deus para levar sua vontade soberana à concretização.

A oração deve ser dirigida unicamente a Deus, seja ao Deus Triúno ou às pessoas distintas da Deidade. Orar a criaturas é idolatria.



A oração correta tem vários requisitos. O primeiro é que nos aproxime¬mos de Deus com sinceridade. Frases vazias e insinceras são zombaria dirigida a ele. Tal oração, longe de ser um exercício da religião piedosa, constitui uma ofensa a Deus.

O segundo requisito é que nos aproximemos de Deus com reverência. Enquanto oramos, devemos sempre lembrar com quem estamos falando. Dirigirmo-nos a Deus de maneira leviana, casual ou irreverente, como se estivéssemos falando com um amigo terreno, é tratá-lo com o desrespeito da familiaridade. Assim como as pessoas prestam homenagem a um rei entrando em sua presença com uma postura de respeito e obséquio, assim devemos ir à presença de Deus com o pleno reconhecimento da sua suprema majestade.

O terceiro requisito, decorrente do anterior, é que nos aproximemos de Deus em humildade. Não só devemos recordar quem ele é, como devemos re¬cordar também quem e o que somos. Somos seus filhos adotivos. Somos tam¬bém criaturas pecadoras. Ele nos convida a entrarmos com ousadia em sua pre¬sença, mas nunca com arrogância.

Deus nos instrui a sermos solícitos e fervorosos em nossas súplicas. Ao mesmo tempo, devemos chegar com a atitude de submissão espontânea. Dizer, "seja feita a tua vontade" não é uma indicação de falta de fé. A fé que trazemos com a oração deve incluir a confiança de que Deus é capaz de ouvir nossa ora¬ção e que está disposto a respondê-la. Mesmo quando Deus diz "não" às nossas petições, esta fé também confia em sua sabedoria. A sabedoria e a benevolência de Deus devem sempre e em todas as circunstâncias ser pressupostas por aque¬les que apresentam suas petições diante dele.

Oramos no nome de Jesus porque, desta maneira, reconhecemos seu ofício de Mediador. Como nosso Sumo Sacerdote, Cristo é nosso intercessor mesmo quando o Espírito Santo é nosso ajudador em nossas orações.

O acróstico CASA, no qual cada letra indica um elemento vital da ora¬ção, é útil no aprendizado sobre oração.

C       = Confissão

A       = Adoração

S        = Súplica

A       = Ações de graças

Seguindo este acróstico bem simples, estaremos certos de estar incluin¬do todos os elementos apropriados em nossas orações.

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